Surgiu-me uma dúvida, daquelas que nos fazem tremer durante um processo de restauro.
Sim, é um processo demasiado complexo e demorado para deitar tudo a perder a qualquer momento.
Será o chassis da RT o original? Ou seja, será este chassis o que consta na numeração do livrete? Decidi confirmar se o número gravado no chassis realmente corresponde e não, não corresponde. Senti aquele friosinho.
Não há nenhum número gravado no local onde deveria estar o número do chassis – na travessa que fica mesmo por baixo do banco da frente, à direita, entre o lugar do passageiro e a porta. Nada… Não existe sequer um vestígio.
Para meu descanso, a chapa rebitada na carroceria, aparenta ser original e corresponde mesmo ao número do documento único.
Escova de aço na mão e vamos lá retirar a tinta toda desta travessa e das zonas circundantes em busca de “provas do crime”. Nada. Nem uma marca. Tenho a certeza que nunca ali houve nenhum número, logo o chassis também não pode ser de outro carro.
Existe apenas a meio da travessa (um local não habitual para este tipo de coisas) uma gravação de um número que não segue um padrão de numeração de chassis. Provavelmente alguma referência do chassis, mas não o número.
Comecei a ficar realmente preocupado com a situação, pois começa a verificar-se a provável existência de uma ilegalidade perante o IMT e isso não me agrade nem um bocadinho. Um situação deste tipo, pode fazer com o que numa inspeção periódica o carro fique apreendido. Não é de todo uma notícia agradável.
Por outro lado, algo que me tranquiliza é o facto da RT ter tido inspeções periódicas até 2003 e nunca houve qualquer registo de problemas com esta situação.
Por via das dúvidas quero esclarecer esta situação e ter a certeza do que tenho na garagem e onde estou e estarei a depositar todo o meu amor e carinho.
Confesso que passei alguns dias a pensar como iria descobrir “toda a verdade”…
PLIMMMM, já sei…
Conto-vos tudo no próximo post. 🙂